Uma opinião sobre Minami Minegishi, AKB48, otakus, namoros e marketing
04/02/2013às 19:56
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akb48,
mina oba,
minami minegishi,
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natsumi hirajima,
rino sashihara,
rumi yonezawa,
yuka masuda,
yuki kashiwagi
Por: Doraemon
Não vou explicar o que é o AKB48 nem o caso. Acho que você já deve saber do rolo, nem que seja por cima.
Só vou deixar registrado aqui alguns pensamentos sobre o caso.
Da venda de sonhos
Acho válida a máxima defendida pelas agências. A literatura faz o mesmo. Animes, filmes, séries, doramas, músicas, documentários, reality shows, todos vendem versões de mundo. Recortes de realidade que satisfazem essa ou aquela vontade. Provocam sentimentos, como toda arte deve fazer.
Se as AKBs vendem milhões, quer dizer que elas inspiram milhões. Seja com verdades, seja com realidades distorcidas.
Seus números são inflados pelos fãs radicais? Há sim os casos extremos, mas até que ponto esses casos isolados influenciam na conta final? Estamos falando de milhões de unidades vendidas. Creio ser mais lógico acreditar que elas fazem sucesso.
Existe essa tendência de se generalizar um grupo, seja tomando o grosso como o todo, seja tornando um caso como símbolo desse todo.
E a mídia tem muito a ver com isso, dando destaque para casos isolados, ignorando o contexto, fornecendo bases incompletas para a especulação do público. Vende muito mais dar destaque a um único cara que comprou 5 mil singles para conseguir seu handshake ao invés dos outros 499 que tiveram sorte.
Mas não é só mídia e público que tendem a supervalorizar esses nichos.
Da relação fãs, idols e empresa
As agências preferem ser conservadoras e dar atenção à força desses pequenos grupos. Ainda mais em um país cuja cultura do "não incomodar" e do "cliente sempre tem razão" é predominante.
Mas isso não quer dizer que elas estejam satisfeitas com a situação. Cada graduação gera prejuízos, além de criar tensão entre suas funcionárias. Fora o risco de a atitude reverter em publicidade negativa.
Você nunca viu partir da agência a informação de que uma AKB tinha namorado e que ela seria punida por isso.
Por outro lado, é fato que as polêmicas e punições geram publicidade e fazem rodar os postos mais altos dentro de cada grupo, incentivando a competição e a dedicação de seus membros.
Em outras palavras, meu problema com a discussão toda é que as forças não são relativizadas.
A restrição aos relacionamentos não surgiu como um código moral acordado entre as meninas, nem tampouco como uma demanda clara dos fãs.
Essa regra se concretizou porque as empresas ficaram com medo do estrago que uma parcela descontente poderia fazer.
Para não perder mercado, eles blindaram seu produto – o tal sonho que os idols entregam – exigindo comportamentos pessoais que criam até polêmicas jurídicas.
Veja a atitude da agência do Alan Shirahama, que simplesmente disse deixar livre a vida pessoal de seus contratados.
E a discussão pela internet passa pelos wotas maníacos e pelas meninas que se sujeitam a essas regras quando entram no mundo idol, mas ignora a outra parcela responsável (se não a mais) por essa cultura.
Do jogo
Sinto uma tendência dos artistas japoneses não mentirem. Quando não querem falar, usam eufemismos ou se calam. Ou então admitem e pedem desculpas, ou mandam todos eufemisticamente se f...
Ao contrário daqui do Brasil, quando uma foto íntima cai na web e o photoshop vira o vilão.
No caso da Minegishi, ela poderia ter negado. As fotos deixam margem para dúvida. Não dá para reconhecê-la. Aquela máscara tapa tudo.
Ela também podia ficar quieta. Mas resolveu agir. Não só admitiu, como tomou uma atitude radical.
E aqui vão algumas coisas que cogito.
Ela raspou o cabelo não tanto para mostrar remorso, mas também para constranger os fãs.
Um toque do tipo: "olha o que vocês estão exigindo. Vocês não tem vergonha de submeter alguém a isso?". Tanto que no handshake feito dia 2 de fevereiro, logo após a publicação do vídeo, vários fãs pediram que o conteúdo fosse retirado do canal oficial do AKB48, alegando eu tinham entendido as desculpas da Mii-chan.
E com essa ação, ela conseguiu alcançar a mídia internacional e abrir discussão.
O assunto não é consenso, mas olhando a tradução randômica do 2ch aqui e os relatos sobre os depoimentos a favor da regra da Yuki Kashiwagi e contra da Minami Takahashi no documentário “DOCUMENTARY OF AKB48 NO FLOWER WITHOUT RAIN Shoujo tachi wa Namida no Ato ni Nani wo Miru?”, você vê como o assunto é complexo.
Agora, quando uma agência vai bater no peito e ter coragem de mudar essa cultura, ainda veremos.
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Este e outros casos de punições envolvendo AKBs por causa de relacionamentos.
Minami Minegishi (movida para Kenkyusei)
Yuka Masuda (graduação)
Rino Sashihara (movida para HKT48)
Natsumi Hirajima (graduação)
Rumi Yonezawa (graduação)
Mina Oba (suspensão já removida devido a fotos pré AKB)
Bonus: SKE48's manager vows to kill himself if he ever has relations with one of the girls
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